A prova da vida

Author: Desconhecido / Marcadores: , ,

Estava ansioso para uma festa de premiação, lá será posto à prova o melhor animal de estimação. Era sexta-feira e a festa seria no sábado à noite. Meu peixe Bug não parecia ser um forte candidato, mas eu não poderia perder o concurso. Resolvi trocar o Bug. Estava na minha casa aguardando a chegada da minha mãe para que eu possa comentar sobre esta troca. Minha mãe, Teresinha, estava demorando muito, então me lembrei que ela estava na fazenda da colega dela, a Marta, e provavelmente só voltaria no dia seguinte, aí já seria tarde, decidi ligar pra minha mãe, mas o celular estava desligado, então eu vou ter que ir até lá. A fazenda era fora da cidade. Saí de casa e peguei um ônibus.
Eu estava com muito sono, mas o ônibus estava muito sujo. Tentei manter os olhos abertos, mas não deu. De repente acordei assustado com a voz do motorista dizendo: “Moleque, você não vai descer? Esta é a ultima parada!”.
Desci numa estrada sem asfalto, rodeada por uma mata enorme. Já estava escurecendo e eu havia me esquecido do celular.
Num ato de desespero, corri no meio das árvores, entrei na mata, e quando me toquei já estava perdido, com fome, com sono e com medo. Começou a fazer frio. Saí correndo mais ainda com a esperança de que sairia daquela mata, aí tudo piorou, começou uma tempestade, e isso só aumentou meu desespero.
Fiz uma fogueira com muita dificuldade, pois a lenha estava úmida. Depois que me aquecer, montei uma barraca com pedaços de madeira e uma lona velha que achei no chão, tentei esquecer tudo e dormi no chão.
Durante a madrugada um trovão me acordou e o vento havia derrubado a barraca. Olhei para o lado e vi uma arara. Esta arara me chamou para um canto e me mostrou umas frutas pequenas. Pronto!Resolvi um problema, matei a fome, agora preciso dar um jeito de sair daqui. Insetos se alimentavam do meu sangue, eu estava muito assustado, o ambiente era aterrorizante, ainda bem que eu encontrei uma companhia.
Montei novamente a barraca, mas vazava muita água pela lona. Já que não conseguia dormir, dei um nome para arara. Agora ele se chama Lara. Quando amanheceu fiquei andando procurando alguma saída. Cansei-me e sentei debaixo de uma laranjeira, peguei uma laranja e a Lara me perguntou: “O que estás procurando?”. Espantei-me com a maneira que a arara perguntou, nem parecia um animal, eu não podia ignorá-la então respondi: “procuro a fazenda da colega da minha mãe, ela precisa me encontrar”. Parecia que a Lara havia entendido tudo que eu falei. Aí ela teve uma brilhante idéia: “Faça uma fogueira”. Eu fiz, e logo minha mãe apareceu dizendo que viu uma fumaça e seguiu. A fazenda da Marta era logo ali do lado. O alívio era enorme, estava salvo!
Ao anoitecer eu decidi levar Lara no lugar de Bug para a premiação. Todos os animais fizeram ótimas apresentações e Lara não tinha ensaiado nada. Chegou à vez dela, ele começou a falar como se fosse gente, até os jurados se espantaram ninguém nunca viu um animal assim. Ela narrou momentos que ela já havia passado. Com uma apresentação tão incrível, fomos os campeões!

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